Celebra-se amanhã, dia 10 de outubro, o Dia Internacional da Saúde Mental, com o objetivo de promover o conhecimento sobre Saúde Mental e consciencializar para a importância deste tema.
Sendo objetivos do Serviço de Saúde Ocupacional do Politécnico de Lisboa a prevenção e a promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores, e para assinalar este dia, será dinamizada uma sessão de apresentação de técnicas de gestão de stress, dia 10 de outubro de 2023, entre as 14h00 e as 15h00 online, através da plataforma zoom colibri (consulte o seu email institucional para ter acesso ao link da sessão).
Dia Mundial da Saúde Mental
O Dia Mundial da Saúde Mental foi instituído em 1992, pela WFMH – World Federation for Mental Health visando combater o preconceito, o estigma e promover o conhecimento sobre Saúde Mental.
Segundo a WHO, a Saúde Mental é considerada uma prioridade e “nos últimos anos, tem havido um reconhecimento crescente do importante papel que a Saúde Mental desempenha na consecução dos objetivos de desenvolvimento global”. Contudo, as perturbações no âmbito da Saúde Mental são, até agora, estigmatizadas pela sociedade, mesmo que, muitas delas, possam ser tratadas de forma eficaz. No entanto, ainda, é necessário um maior investimento na sensibilização para a Saúde Mental, bem como para aumentar a compreensão e redução do estigma.
As perturbações no âmbito da Saúde Mental podem ter um efeito substancial em todas as áreas da vida, como o desempenho profissional, as relações com a família e os amigos e a capacidade de participar na comunidade. Estas estão a crescer, independentemente da sua gravidade e são uma das principais doenças incapacitantes do século XXI. Duas das perturbações no âmbito da Saúde Mental mais comuns, são a depressão e a ansiedade. A depressão é a segunda causa de incapacidade na União Europeia.
Ansiedade e depressão
Estima-se que 1 em cada 5 pessoas atualmente esteja a passar por um problema de saúde mental, e que 1 em cada 3, nalgum momento da sua vida vai passar por um problema de saúde mental, pelo que, importa falar sobre estes assuntos e também criar medidas e mecanismos para que estes números sejam minimizados.
Em Portugal, as perturbações psicológicas mais prevalentes são as perturbações de ansiedade e a depressão. Sentir ansiedade, medo, agitação mental e física, tristeza, falta de prazer ou desânimo em determinados dias, ou momentos poderá não só ser natural como até adaptativo, consoante as circunstâncias e o contexto em que nos encontramos.
Ter uma perturbação de ansiedade, que seja generalizada, ou ansiedade social, perturbação de pânico, fobias, ou agorafobia, significa que a intensidade de um conjunto de sintomas, o sofrimento que causam e o impacto que têm na nossa vida, impossibilita vivermos e desfrutarmos a plenitude das nossas capacidades no dia-a-dia. O mesmo acontece quando se instala um quadro clínico de depressão.
Existem um conjunto de sinais, físicos, emocionais, cognitivos e interpessoais que nos podem alertar:
- Dificuldades em dormir (dificuldades em adormecer, acordar muito mais cedo que o habitual, ou por outro lado, necessidade de dormir muitas horas);
- Aumento ou perda do apetite;
- Fadiga;
- Agitação motora e psíquica, ou por outro lado uma lentificação acentuada;
- Problemas de concentração, dificuldades de memória;
- Preocupação constante com diversos aspetos da vida;
- Antecipação de possíveis futuros problemas, dificuldades;
- Medos a estímulos/objetos/situações específicos;
- Tristeza e visão negativa da vida;
- Perda acentuada de interesse e de prazer nas atividades do dia-a-dia;
- Irritabilidade;
- Isolamento social;
Burnout
Também se tem falado com mais regularidade sobre burnout, na medida em que vários estudos têm sido feitos e alertado para o facto de que vários trabalhadores de inúmeras áreas estão em burnout ou em risco. Ora, importa salientar que além da exaustão física e emocional presente, quando o burnout se instala traz consigo uma perceção de já não sermos capazes de fazer tudo o que implica o nosso trabalho e de o fazermos bem, como também um desligamento e/ou desinvestimento face ao trabalho. As três dimensões precisam estar presentes.
Contudo, as boas notícias existem, as evidências científicas demonstram que tanto as perturbações de ansiedade como a depressão como o burnout são tratáveis, com o devido acompanhamento, seja psiquiátrico (nos casos agudos e/ou mais graves), seja psicológico, podemos alterar estes quadros clínicos e melhorar a nossa saúde, satisfação e bem-estar.
Ter uma depressão não é o mesmo que estar triste, sentir-se ansioso ou com medo não é o mesmo que ter uma perturbação da ansiedade, e o burnout não é “só” exaustão.
Sente que precisa de esclarecer alguma destas questões ou de apoio para melhorar a sua saúde?
Contacte o serviço de Saúde Ocupacional, que oferece serviços na área da Psicologia geral@sso.ipl.pt