O livro Teatro de Revista em Portugal: Revistas «Perdidas» e Outras (1851-1868), que resulta de uma parceria entre a Escola Superior de Teatro e Cinema do Politécnico de Lisboa e a editora Imprensa Nacional-Casa da Moeda, que o publicou, passou a integrar as obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura (PNL), a exemplo de outra obra da mesma autora principal, António Pinheiro, fruto, como este, de investigação nos arquivos documentais da ESTC-IPL.
A obra foi apresentada no dia 18 de janeiro de 2023, na Biblioteca da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, pelo autor e encenador Filipe La Féria. Além dos ensaios de enquadramento e das análises histórico‑artísticas que ostenta, envolvendo investigadores de diferentes instituições do ensino superior, o livro apresenta ainda, através de transcrição, os guiões inéditos de revistas de meados do século XIX, julgadas e tidas por perdidas, e ainda imagens de revistas publicadas na época da estreia, mas de difícil acesso ou, mais ainda, de incontornável importância no conjunto selecionado.
Eugénia Vasques, Professora jubilada da Escola Superior de Teatro e Cinema do Politécnico de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve, no âmbito das suas pesquisas sobre o Teatro em Portugal, levou a cabo a criação e a coordenação científica do livro, que teve a colaboração de Paulo Morais-Alexandre, docente da Escola Superior de Teatro e Cinema do Politécnico de Lisboa, investigador do Centro de Investigação e de Estudos de Belas-Artes, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, do musicólogo David Cranmer, da Universidade Nova de Lisboa, e de Luísa Marques, bibliotecária da Escola Superior de Teatro e Cinema do Politécnico de Lisboa.
Nas palavras de Eugénia Vasques na Apresentação, “O corpus é constituído pelas peças inéditas Lisboa em 1850: revista em 3 actos, O festejo de um noivado: revista em 3 actos e Qual deles o trará?: revista em 3 actos, representadas, respetivamente, em 1851, 1852 e 1853, originalmente no Teatro do Ginásio Dramático. Seguem-se, Fossilismo e progresso de 1855 e a Revista de 1858 (publicadas), Melhoramentos materiais, de 1859 – peça que foi censurada, tendo sido publicada, mas que se mantém muito relevante porque denuncia, em prefácio, a natureza interesseira da Censura –, Passado, presente e futuro, de 1861, a Revista de 1862 (já publicada, mas de que mostramos o manuscrito), a Revista (a vapor), de 1866, a Revista de 1867 e a Revista celebridades de 1868, publicada mas de que, igualmente, mostramos o manuscrito.”
Texto de DR/GCI IPL
Imagens de DS/GCI IPL