A Escola Superior de Teatro e Cinema está em destaque na programação de julho da Cinemateca Portuguesa, com um ciclo, intitulado “O Filme da Escola: A ESTC no Coração do Cinema Português”. A iniciativa, que foi organizada em colaboração com a Escola artística do Politécnico de Lisboa, assinala os seus 50 anos com a apresentação do acervo de cinema produzido na ESTC ao longo dos anos e realização de debates, nos quais participam elementos de diferentes gerações
A programação do ciclo foi definida com base em 5 eixos: filmes da Escola; filmes dos professores fundadores; filmes das aulas; filmes dos primeiros alunos e a Escola e a terceira geração. O objetivo da iniciativa é mostrar uma parte do que foi produzido na ESTC, “ou que da experiência dele resultou, mas também, e na medida indireta em que tal é de algum modo do cruzamento de gerações e de visões, sobretudo nas etapas em que a Escola mais construiu a sua identidade”, segundo a informação divulgada pela Cinemateca.
Luís Fonseca, docente e diretor do Departamento de Cinema da ESTC, explica que a iniciativa para a realização do ciclo partiu da Cinemateca Portuguesa, “que entendeu que a importância da Escola de Cinema, desde a sua fundação como escola piloto no Conservatório Nacional em 1973, - designação que teve na altura e que ainda constitui a forma como é referida na profissão cinematográfica, uma designação que reflete uma "ideia" de escola que é também uma ideia de cinema - para o Cinema Português, deveria ser assinalada com um ciclo suficientemente extenso para refletir da melhor maneira essa referida importância”.
A ESTC colaborou na organização do ciclo através da discussão, com a Cinemateca, quanto às grandes linhas da programação, temas em que se centraria e sugestão e discussão dos filmes a incluir. Participou na organização dos debates que integram o ciclo, bem como quanto ao material do acervo cedido pela escola - filmes, incluindo algumas raridades.
Para Luís Fonseca, “o ciclo assume uma enorme importância para a ESTC, porque vê reconhecido o impacto que teve e tem na paisagem criativa e profissional do cinema português, havendo um número invulgarmente alto, não apenas de realizadores, mas de técnicos de relevo que, em sucessivas gerações, têm marcado a história do cinema português e o seu grande destaque internacional”.
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