Passar para o conteúdo principal
Image
Projeto de literacia

Qual a relação dos jovens com os média e o que fazem para compreender o mundo, foram algumas das questões abordadas por Fernanda Bonacho, investigadora e docente na Escola Superior de Comunicação Social, no episódio 9 do podcast CiênciaCom, conduzido pelo jornalista Francisco Sena Santos. A docente explicou o papel da Academia de Leitura do Mundo, um projeto de promoção da literacia mediática.

No podcast da ESCS, dedicado à comunicação de Ciência, Fernanda Bonacho falou da Academia de Leitura do Mundo – O Jornalismo, a Comunicação e Eu, idealizada em 2019, por um grupo de docentes da Escola. Convidar os jovens a perceber o que se passa no mundo através do Jornalismo e a importância que esta atividade tem no conhecimento do que se passa, é um dos objetivos do projeto integrado no programa das Academias do Conhecimento Gulbenkian.

 

Image
projeto de literacia

 

“Pôr os jovens a analisar o que consomem, pensar no que vêm e leem, criticar e discutir” é uma das missões da Academia de Leitura do Mundo, explicou Fernanda Bonacho. A ideia passou por encontrar uma série de atividades que permitisse aferir o que os jovens fazem para perceber o que se passa no mundo, nas várias dimensões, não só no que leem, mas como falam entre eles sobre o que leem e partilham.

 

Image
projeto de literacia

 

Ao longo de 3 anos, a Academia esteve em 6 pontos do país: Faro, Setúbal, Lisboa, Tomar, Portalegre e Covilhã, zonas do país onde, através de múltiplas atividades e parcerias, o projeto dotou os jovens de ferramentas para descodificar as notícias, questionar o consumo passivo de informação e estimular uma postura crítica e construtiva adequada aos desafios da cultura noticiosa e mediática contemporânea.

“Estimular o pensamento crítico foi, é e vai continuar a ser um dos objetivos da Academia”, defende Fernanda Bonacho, que considera um desafio colocar os jovens perante um facto e fazê-los pensar sobre ele, nomeadamente o seu contexto. “Temos défice de literacia e educação mediática” afirma a investigadora.

 

Investir na literacia mediática

 

Image
Fernanda Bonacho

 

Na opinião de Fernanda Bonacho, o investimento na literacia mediática deve ser feito desde os mais pequenos até aos mais idosos. “Aprender educação mediática é uma competência tão determinante quanto outras na escola. É uma questão que implica muitos saberes e a nossa vida”, referiu a docente no podcast da ESCS. “Quando se fala de literacia mediática, fala-se de uma transversalidade de competências”, realçou.

Considera positivo, o anúncio feito pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, durante o Congresso Literacia, Media e Cidadania, realizado em abril, na ESCS, sobre o arranque de um Plano Nacional para a Literacia Mediática, ainda este ano, integrado no Plano Nacional de Leitura.

Doutorada em Ciências da Comunicação, especializada em Comunicação e Linguagem e coordenadora do mestrado em Jornalismo da ESCS, Fernanda Bonacho dedica-se à investigação em literacia mediática e à coordenação de iniciativas que contribuem para a área da educação para os média, nomeadamente através do Grupo Informal sobre Literacia Mediática (GILM). Integrou a organização do 6.º congresso de Literacia, Média e Cidadania, que decorreu, em abril, na Escola do Politécnico de Lisboa.

Texto de CSS/GCI IPL
Imagens de GabCom ESCS e Academia Leitura do Mundo

 

Image
Image
Image