Uma cerimónia de vida em exposição no Espaço Artes

O trabalho de Mariana Sevila, estudante do 2.º ano da licenciatura em Teatro, ramo Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema está patente no Espaço Artes – Politécnico de Lisboa, até 9 de dezembro. A inauguração oficial de Sado – Uma cerimónia de Vida, “uma das exposições mais simples e mais bonitas”, que passaram pelos Serviços da Presidência do IPL, nas palavras de Paulo Morais-Alexandre, foi a 9 de novembro.

“Dar a oportunidade aos membros da comunidade académica, de mostrarem o que fazem e ser uma porta aberta para lhes dar visibilidade”, é o objetivo do Espaço Artes, quem o disse foi o vice-presidente do Politécnico de Lisboa, António Belo na inauguração de Sado – Uma cerimónia de Vida de Mariana Sevila.

Com uma componente híbrida, que vai desde a performance ao vivo, à fotografia e ao vídeo, a exposição cruza pesquisas plásticas de Mariana Sevila “com a representação de uma cerimónia de grande significado, Chanoyu, a cerimónia tradicional do chá” no Japão, pode ler-se no texto de Paulo Morais-Alexandre, presidente da Escola Superior de Educação de Lisboa e coordenador do espaço cultural do IPL, incluído no catálogo.

Como professor de História da Arte de Mariana, na ESTC, Paulo Morais-Alexandre pôde ver, em primeira mão, o trabalho da aluna, que considera corresponder a todos os critérios da sua definição de Arte (que resulta da junção de várias) – “a introdução no nosso ambiente de formas que antes não existiam e que podem ser experimentadas esteticamente pelo Homem”. A fotografia que sintetiza tudo, conta a história de um dos momentos mais interessantes da Literatura, do Teatro e da História da Arte e da Pintura e também da Fotografia – a morte de Ophelia em Hamlet de Shakespeare.

Mariana Sevila pretende com o trabalho exposto, “trazer o tempo e espaço, este que nos leva a um estado de alma e o tempo, à quietude e simplicidade que é proposta pela tradição de chá japonesa”. No seu trabalho artístico, admite não procurar saber se é ou não arte. “Sinto necessidade de expressar o que vai cá dentro e talvez não um suicídio, mas pode ser um suicídio artístico”. Para a jovem, o objetivo é que o trabalho transmita algo, não interessa o quê. “O importante é que encontrem alguma coisa neste trabalho e que fique convosco”, referiu.

Sado – Uma cerimónia de vida pode ser vista, gratuitamente, no Espaço Artes – Politécnico de Lisboa, até 9 de dezembro, de segunda a sexta-feira, entre as 10h e as 12h e as 14h e as 19h.

Flickr photos from the Exposição Sado – Uma cerimónia de vida album.