Refletir sobre a participação dos estudantes na vida académica do Politécnico de Lisboa, foi um dos objetivos da reunião que decorreu a 16 de janeiro, nos Serviços da Presidência do IPL, que contou com a participação da presidente do Conselho Geral do IPL, Ana Maria Bettencourt, do vice-presidente, António Belo e dos presidentes das Associações de Estudantes das Escolas Superiores de Comunicação Social, Dança, Educação e dos Institutos Superiores de Contabilidade e Administração e Engenharia de Lisboa.
A dificuldade da mobilização dos estudantes para participar na vida da instituição é uma das preocupações da presidente do Conselho Geral, numa altura em que está em curso o processo eleitoral dos cinco representantes dos estudantes para este órgão de governo do Politécnico de Lisboa.
Para Ana Maria Bettencourt a participação dos estudantes, não só no campo do associativismo, como nos vários órgãos em que podem estar representados, é importante para a “saúde da instituição” e promove a aquisição de competências transversais. “É um investimento em termos futuros, no que podem ser como profissionais e como cidadãos”, reforçou o vice-presidente do IPL, António Belo.
Em cima da mesa foi colocada a possibilidade de realizar um estudo que permita aferir a realidade no Politécnico de Lisboa, quanto à forma como os estudantes vivem a instituição a diversos níveis: órgãos de governo, pedagogia, movimento associativo e as experiências associadas à frequência do ensino superior.
António Belo sugeriu que os resultados do estudo possam ser divulgados num Encontro promovido pelo Conselho Geral do Politécnico de Lisboa, que se perspetiva acontecer em 2023, que junte a comunidade académica para debater o Futuro do IPL. Para a presidente do Conselho Geral, o Encontro vai permitir refletir sobre a identidade do Politécnico de Lisboa, a transversalidade e comunicação entre Escolas e a valorização da participação cívica.
Os dirigentes associativos presentes na reunião foram unânimes ao referir as dificuldades inerentes ao trabalho associativo, garantindo sentir a falta de compreensão por parte dos professores e o desconhecimento do que estabelece o Regime Jurídico do associativismo jovem.
Os dirigentes das associações de estudantes das Escolas do IPL reconhecem a falta de participação dos colegas nas atividades associativas e desinteresse quanto ao papel dos vários órgãos institucionais, nos quais podem ter representação, facto que atribuem às dificuldades e barreiras que existem. Por outro lado, os presidentes as AES admitem encarar o associativismo como uma missão e um trabalho voluntário exigente e que envolve muita disponibilidade, mas que nem sempre é valorizado pelas instituições e pelos colegas.
Outra das questões abordadas na reunião que juntou Ana Maria Bettencourt, António Belo e estudantes foi a possibilidade de outorga de doutoramentos pelas instituições de ensino superior politécnico, para alterar o que Ana Bettencourt considera uma desigualdade que não se justifica.
Texto de CSS/GCI IPL
Imagens de DS/GCI IPL