Fantasia Chromatica e Fuga é o título no novo livro, da autoria de Miguel Henriques, editado sob a chancela do Politécnico de Lisboa e dado a conhecer numa apresentação que decorreu a 12 de maio, no Auditório Vianna da Motta, na Escola Superior de Música de Lisboa, com a presença de membros da presidência do IPL e alguns convidados do autor.
“É um volume muito original nas nossas coleções”, referiu José Cavaleiro Rodrigues, pró-presidente do IPL para a Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Empreendedorismo, justificando a nota, pelas poucas obras publicadas pela instituição na área das Artes.
O presidente do IPL, Elmano Margato referiu-se à publicação como “uma forma de prestigiar a Escola através do trabalho do autor, mas também uma forma de prestigiar e divulgar o nome do Politécnico de Lisboa”.
Elmano Margato fez questão de, paralelamente ao lançamento do livro, “reconhecer publicamente”, o trabalho que a direção de Miguel Henriques tem feito em prol da Escola Superior de Música de Lisboa. “Com a sua equipa tem feito um trabalho de aproximação da Escola à academia, generalizando as regras e os procedimentos e a cultura académica dentro da instituição”, destacou o presidente do IPL. Ressaltado ser um trabalho “muito suave, que pouco se vê, mas que passa pela cultura académica que o Professor Miguel Henriques introduziu na Escola Superior de Música de Lisboa”.
A Gerhard Otto Doderer, organista e musicólogo, coube apresentação do livro da autoria de Miguel Henriques sobre a obra musical Fantasia Chromatica e Fuga (1903), considerada uma das mais enigmáticas do compositor alemão Johann Sebastian Bach. Para o especialista, no teor e no caráter da publicação reflete-se a formação e a atividade do editor, tanto a obra em si. A discussão analítica da Fantasia e da Fuga merece destaque do professor catedrático.
José Cavaleiro Rodrigues, como responsável pelas publicações do Politécnico de Lisboa, aproveitou a intervenção do livro para referir o carácter de abertura à comunidade das publicações do IPL. Sobre o livro do diretor da ESML, ainda que com um formato original, que foge aos padrões das publicações, “o resultado final está excelente”. “Por vezes tendemos a olhar para as Artes como se fossem apenas do domínio da criação, mas são também do domínio da reflexão, este livro demonstra isso” disse o pró-presidente do IPL.
Miguel Henriques fez uma apresentação estruturada do livro, que se traduz numa edição crítica, ao abrir a perspetiva de um possível debate das problemáticas associadas à obra-prima do compositor alemão. Para a preparação desta edição, foram consultadas múltiplas edições e manuscritos. Dado o particular interesse desta obra de Bach a nível global, a edição é publicada em português e inglês com vista à sua difusão alargada.
O autor fez questão de agradecer a Carlos Marecos, subdiretor da Escola Superior de Música, “colega compositor que generosamente contribuiu com a sua sabedoria e competência para esta edição com um brilhante capítulo analítico da sua autoria”.
No final da sessão de apresentação do livro, o estudante da Escola Superior de Música de Lisboa, Manuel Prata interpretou, no piano, a obra de Johann Sebastian Bach, que dá título ao livro, Fantasia Chromatica e Fuga.
Miguel Henriques é diretor da Escola Superior de Música de Lisboa. Pianista, maestro, investigador e pedagogo. Ao longo de uma carreira internacional de quatro décadas apresentou-se em recitais a solo, de música de câmara, como solista convidado de orquestras e como chefe de orquestra. É mestre pela Universidade do Kansas, pós-graduado pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscovo e doutorado em Artes Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. É autor de vários artigos especializados em vários publicações e autor do livro “The (Well) Informed Piano – Artistry and Knowledge”, publicado plea University Press of America.
Saiba mais sobre as Coleções do Politécnico de Lisboa
Texto de CSS/GCI IPL
Imagens de DS/GCI IPL