O Jornalismo Visual em Portugal em livro

É o novo livro publicado no âmbito da Coleção Estudos e Reflexões do Politécnico de Lisboa. Jornalismo Visual em Portugal – Contributos para uma História é o resultado da investigação de Anabela de Sousa Lopes (falecida em novembro de 2022), Assunção Gonçalves Duarte, Fátima Lopes Cardoso, Maria José Mata (docentes da Escola Superior de Comunicação Social), Jacinto Godinho (docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e Manuel Carvalho Coutinho (investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa). A obra foi dada a conhecer numa cerimónia realizada a 23 de março, nos Serviços da Presidência do Politécnico de Lisboa.

O livro resulta de uma investigação levada a cabo pelos seis autores, no âmbito do projeto “Para uma História do Jornalismo em Portugal”, desenvolvido no ICNova da Universidade Nova de Lisboa, sob a coordenação do professor Jorge Pedro Sousa e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Lançamento do livro Jornalismo Visual em Portugal

Na cerimónia de lançamento do livro, o presidente do Politécnico de Lisboa, Elmano Margato, realçou a importância das duas linhas editoriais da instituição - Estudos e Reflexões e Caminhos do Conhecimento, cujo objetivo é permitir a publicação de trabalhos de docentes, estudantes e staff do IPL. Sobre a nova obra, destacou tratar-se de um trabalho de entrosamento do Politécnico de Lisboa, através da Escola Superior de Comunicação Social, com a Universidade Nova de Lisboa. “Este livro é um trabalho que cruza a academia com a profissão de jornalista”, destacou Elmano Margato, realçando o valor da ESCS “pela sua relevância na sociedade e pela qualidade do seu trabalho”.

José Cavaleiro Rodrigues, pró-presidente do IPL para a Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Empreendedorismo introduziu cada um dos três apresentadores convidados: José Soudo, curador, investigador independente em História da Fotografia e fotógrafo ligado ao Ar.Co, uma Associação Cultural de utilidade pública, que completou recentemente 50 anos; Joaquim Furtado, jornalista de rádio e televisão, que na madrugada do dia 25 de abril de 1974, leu o primeiro comunicado do Movimento das Forças Armadas, no Rádio Clube Português e Cátia Mendonça, infografista do Jornal Público e docente na Escola Superior de Comunicação Social, onde concluiu o mestrado em Audiovisual e Multimédia.

Maria José Mata, uma das investigadoras do projeto, representou os autores na mesa da sessão de lançamento do livro. A docente agradeceu a generosidade e o contributo dado pelos apresentadores, que se juntou ao dos autores. Foi “um título relativamente cauteloso que foi muito pensado”, assumiu a autora, dizendo ter origem num trabalho que passou por todas as limitações associadas à pandemia, nomeadamente o acesso a fontes e arquivos. “Foi o trabalho possível, mas é um trabalho do qual todos nos orgulhamos”, disse, destacando o trabalho complementar entre autores.

A docente da ESCS quis assinalar o papel da colega Anabela de Sousa Lopes na obra, que acabou por ser o seu “último escrito”, mas que “é como todos os outros textos, o registo da sua inteligência viva, da sua determinação, do seu sentido de missão e compromisso com o Jornalismo, uma profissão que escolheu e abraçou muito jovem, aos 20 anos”. Destacou a liberdade de pensamento e ação, como o valor que a colega, falecida em novembro de 2022.

Os restantes autores – Assunção Gonçalves Duarte, Fátima Lopes Cardoso, Jacinto Godinho e Manuel Carvalho Coutinho, para além de agradeceram aos apresentadores, fizeram referência à importância da colega Anabela de Sousa Lopes para a concretização do livro, tendo sido quem iniciou o contacto com José Manuel Cavaleiro Rodrigues, para a publicação. “Estou certo de que a Anabela estaria tão feliz quanto nós estamos por ver este trabalho”, finalizou o pró-presidente do IPL.

Flickr photos from the Lançamento do livro "O Jornalismo Visual em Portugal" album.