“Aproximar cada vez mais os cerca de 15 mil estudantes do IPL” e defender o “bom nome” dos politécnicos em Portugal são os compromissos urgentes assumidos pela primeira direcção da Federação Académica do Instituto Politécnico de Lisboa que tomou posse no dia 21 de novembro. A data assinala um momento histórico para esta instituição de ensino superior público, com a constituição de um organismo coordenador do movimento estudantil.
Composta por sete associações de estudantes, a FAIPL representa os estudantes das oito unidades orgânicas que fazem parte do Politécnico de Lisboa. O projeto é “inovador e desafiante”, referiu Luís Castro, primeiro presidente da Federação, na cerimónia da tomada de posse dos órgãos sociais, realizada nos serviços da presidência, em Benfica.
Apesar das alterações previstas para o ensino superior, Luís Castro acredita “levar a bom porto”, com o empenho e trabalho de todos, uma causa “tão nobre e essencial para os estudantes do IPL” como é a FAIPL.
A ideia de constituir a federação académica do Politécnico de Lisboa já tem alguns anos, mas “nem sempre foi fácil obter consensos”, sublinhou o dirigente estudantil, agradecendo, em particular, ao presidente da instituição, Vicente Ferreira, que, em 2009, contemplou, a figura jurídica e atribuiu importância à FAIPL nos estatutos da instituição.
Para Vicente Ferreira, a Federação Académica do IPL assume um papel fundamental na “mobilização dos estudantes para ações no terreno contra decisões que não queremos para o ensino superior politécnico”. Preocupado com o ataque que tem sido feito ao ensino politécnico, nos últimos tempos, o presidente da insituição, sublinha que “o IPL já perdeu mais de 50 % do orçamento que tinha em 2006”. “Precisamos de estar atentos, e se for necessário mobilizarmo-nos”, referiu o dirigente.
Manuel Correia, vice-presidente do IPL, saudou os estudantes que fazem parte da primeira direção, porque "o cerne destas instituições são os estudantes", salientando a importância da FAIPL como "elemento fundamental para a coesão do Instituto Politécnico de Lisboa".
Numa primeira fase de atividade, a FAIPL propõe-se conceber um novo modelo de comunicação entre os serviços da presidência; Serviços de Ação Social; Associações de Estudantes do IPL e a FAIPL, nas diversas temáticas. Para isso, Luís Castro refere ser necessário elaborar propostas para reformular alguns regulamentos, salientado o regulamento de atleta do IPL.
Tendo consciência da importância do desporto “na divulgação das instituições, na captação de apoios e nos benefícios que tem para os estudantes, o dirigente sublinha ser "uma área prioritária para a FAIPL”.
Enquanto promotora de atividades culturais, a FAIPL vai apostar na organização de uma semana cultural ou de saúde, “para podermos divulgar as nossas escolas, bem como alertar e despontar a discussão sobre alguns temas relacionados.”, anunciou Luís Castro.
Luís Castro, o primeiro presidente da FAIPL
[caption]Estudante Luís Castro[/caption]Atualmente Luís Fernandes Castro frequenta o curso de contabilidade e administração, ramo de gestão e administração pública no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa; assume também funções de tesoureiro na Associação de Estudantes desta instituição e é membro do conselho geral do Instituto Politécnico de Lisboa.
Desempenhou vários cargos de dirigente em movimentos associativos estudantis. Para além de ter sido presidente da Associação de Estudantes do ISCAL, assumiu a direcção da Associação Académica de Lisboa.
O jovem empresário, com 31 anos, faz parte do projeto “Cidade do Estudante”, com arranque previsto para março do próximo ano, e é sócio de um estabelecimento de restauração.
Textos de Vanessa de Sousa Glória
Imagens de Clara Silva