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[video:https://youtu.be/pfMMD2z_30Q]

Così fan tutte de W.A.Mozart é a ópera em dois atos, apresentada, no dia 10 de Março, sábado, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, resultado de uma coprodução da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) e Centro Cultural de Belém, integrada na comemoração dos 35 anos da Escola. Marcaram presença no espetáculo, o ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, o presidente do Politécnico de Lisboa, Elmano Margato, o diretor-geral do Ensino Superior, João Queiroz, a sub-diretora geral, Ângela Novo, entre outros. No dia seguinte, 11 de Março às 17h, este trabalho foi apresentado no Auditório Vianna da Motta, na ESML.

A coprodução com o CCB surgiu pela necessidade de encontrar um palco com fosso de Orquestra, uma vez que o Auditório Vianna da Motta, na ESML, não tem condições estruturais para a apresentação de um espetáculo de Ópera com Orquestra. O Estúdio de Ópera da ESML já apresentou várias Óperas, com piano, no Grande Auditório da instituição, e com Orquestra, como, o Don Giovanni, mas só com muitos compromissos foi possível tornar a Ópera exequível, confessa a coordenadora do Estúdio de Ópera, Silvia Mateus. Tendo em conta esta situação, o diretor da ESML, Miguel Henriques, encetou conversações com o CCB que chegaram à  coprodução, hoje apresentada ao público.

Silvia Mateus, coordenadora do Estúdio de Ópera da ESML e diretora artística da Ópera, explica que Così fan tutte completa a triologia das Óperas escritas por Lorenzo da Ponte para W. A. Mozar. "De entre os alunos que frequentam o Curso de Canto, tínhamos as vozes necessárias para compor o elenco e assim nos lançámos para a Encenação desta Ópera." Antes, o Estúdio de já tinha feito As bodas de Figaro e o Don Giovanni.

Os figurinos ficaram, uma vez mais a cargo de Élio Oliveira, artista plástico, com quem Silvia Mateus trabalha há vários anos. "Está habituado a fazer figurinos, cenários e adereços para Ópera e gosto muito do trabalho dele, faz sempre um estudo prévio das Óperas, respeita e entende as dificuldades dos cantores e produz o seu trabalho sempre com esta preocupação", adiante a diretora artística e encenadora. Nesta Ópera, Élio Oliveira, respondeu exatamente pedido, produzindo toda a mancha plástica a preto e branco, fazendo uma alusão à figura da banda desenhado.

O Estúdio de Ópera já está, entretanto, a desenvolver uma Ópera contemporânea, na qual uma compositora da ESML tem estado a trabalhar desde do início do ano. Brevemente vão começar com ensaios depois de já terminadas as audições para os papéis e o elenco já estar definido. Silvia Mateus conta apresentar este trabalho ainda durante este ano lecivo. Por outro, a formação artística da Escola Superior de Música, tem projetado, encenar O Barbeiro de Sevilha, de G. Rossini. "Gostaríamos, muito, de poder apresentá-la este ano, veremos se conseguimos levar estes dois projetos ambiciosos a efeito", confessa a coordenadora.

W. A. Mozart Così fan tutte – Ópera em dois atos
Lorenzo Da Ponte libreto

Rafaela Albuquerque FIORDILIGI
Maria Gil Proença DORABELLA
Tiago Gomes GUGLIELMO
Mian Chen FERRANDO
Joana Alves DESPINA
Francisco Henriques DON ALFONSO

Alunos da ESML Coro

Sílvia Mateus Direção artística
Vasco Pearce de Azevedo direção musical
Élio Oliveira figurinos e adereços

Sinopse
Num café de Nápoles, Don Alfonso, um filósofo, insinua a possibilidade das noivas de Guglielmo e Ferrando poderem ser infiéis e, como resultado, os três homens fazem uma aposta já que os noivos não acreditam na infidelidade das suas noivas. Despina, criada de Fiordiligi e de Dorabella, ajuda Don Alfonso na intriga e, perante a pretensa partida dos noivos para a guerra, aconselha as irmãs a aproveitar este tempo em que eles irão estar fora para se divertirem alegando que eles farão o mesmo.

Don Alfonso leva os noivos a disfarçarem-se de Albaneses e apresenta-os às irmãs como seus amigos. Cada um tenta seduzir a noiva do outro. As noivas, mostrando-se renitentes de início, e depois de várias peripécias, acabam por vacilar ao jogo de sedução o que leva Guglielmo e Ferrando a acharem que poderão perder a aposta. Don Alfonso sugere que Ferrando e Guglielmo se casem com as suas novas noivas. Estes recusam-se considerando que não se conseguem casar com estas duas mulheres infiéis. Don Alfonso alerta que se não o fizerem ficarão solteiros porque se estas mulheres não foram fiéis nenhuma outra o será e leva-os a admitir que assim fazem todas (Così Fan Tutte).
Despina entra disfarçada de Notário e celebra o casamento entre as irmãs e os Albaneses. Quando os noivos estão a assinar o contrato nupcial ouve-se a marcha militar. Don Alfonso avisa que Guglielmo e Ferrando regressam do campo de batalha. Dorabella e Fiordiligi ficam desesperadas e escondem os Albaneses no quarto que aproveitam para trocar os seus disfarces pelo uniforme militar. Guglielmo e Ferrando quando entram e vêm um Notário na sala fingem-se indignados pela infidelidade das suas noivas até que lhes revelam a aposta que fizeram. As irmãs ficam indignadas, mas quando tudo fica esclarecido todos admitem que o melhor é não seguir os sentimentos mas sim a razão.

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