Está patente até 15 de janeiro, no Espaço Artes do Politécnico de Lisboa, em Benfica, a exposição de fotografia “Habitar a céu aberto: vestígios de um país” do professor João Abreu da Escola Superior de Comunicação Social. (consultar catálogo)
O trabalho exposto, que tem como mote a paisagem como expressão coletiva, resulta da viagem do autor, durante vinte e um dias, no mês de agosto de 2019, ao longo do território português. No total foram mais de 6000 kms percorridos em Portugal sempre com pernoitas no carro ou em tenda.
O relato da viagem, partilhada com o fotógrafo Duarte Belo, autor do desenho do trajeto, resultou no livro conjunto “Viagem Maior”, publicado em dezembro deste ano.
Construções inacabadas, ruínas, sinais, anúncios e comércio, uma tenda de praia, são algumas das fotografias expostas, reveladoras de vestígios da presença e atividade humana, através das quais o autor procura que “cada cidadão compreenda o impacto da sua intervenção na paisagem”, disse João Abreu na inauguração da exposição no dia 15 de dezembro.
“Habitar a céu aberto: vestígios de um país” é mais do que uma exposição, a mostra fotográfica resulta de um extenso trabalho de investigação realizado no âmbito do Museu da Paisagem. Trata-se de projeto de I&D, desenvolvido no Politécnico de Lisboa, por uma equipa de estudantes-bolseiros e docentes da Escola Superior de Comunicação Social, com a orientação de João Abreu. Contribuir para a formação de uma cidadania paisagística, ao despertar nos cidadãos um sentido crítico e participativo sobre a paisagem, é objetivo do projeto realizado em parceria com os Politécnicos de Santarém e de Castelo Branco e a empresa STRIX, na área do Ambiente e Inovação.
Promover paisagens sustentáveis, cujo impacto a longo prazo é de indiscutível valor na vida dos territórios, está na génese do Museu da Paisagem que José Cavaleiro Rodrigues, pró presidente do Politécnico de Lisboa para a investigação, espera, em breve, estar acessível a todos os portugueses.
O projeto, agora transposto para realidade, procura contribuir para a formação de uma cidadania paisagística, despertando nos cidadãos um sentido crítico e participativo sobre a paisagem. Visa também promover a mediação entre a paisagem e população de um território e a criação de paisagens sustentáveis.
“Uma exposição exemplar”, refere Paulo Morais- Alexandre, pró presidente do IPL para as Artes, “com coerência formal” que, na ocasião, formaliza o convite aos investigadores do projeto Museu da Paisagem, para exporem anualmente no Espaço Artes do Politécnico de Lisboa.
Flickr photos from the "Habitar a céu aberto: vestígios de um país" no Espaço Artes do Politécnico de Lisboa album.
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Texto de VG-GCI-IPL
Fotos de DB-GCI-IPL