A cerimónia realizada nos Serviços da Presidência do Politécnico de Lisboa, formalizou a assinatura dos termos de aceitação dos 47 projetos aprovados no âmbito da 7.ª edição do Concurso de Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Criação Artística - IDI&CA.
Divididos por três grandes áreas: escolas artísticas, escolas de ciências sociais e humanas e escolas de tecnologias e engenharias, os 47 projetos, selecionados de entre 80, garantem um financiamento de 5000 euros por parte do Politécnico de Lisboa, o que totaliza um investimento de 235 mil euros.
Elmano Margato, presidente do Politécnico de Lisboa e a restante equipa da presidência, estão convictos de que o Concurso de Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Criação Artística “tem sido um contributo para a consolidação da atividade de I&D intramuros, para a afirmação científica e o reconhecimento académico do nosso instituto, pelo que da nossa parte dar-lhe-emos continuidade”.
Aos coordenadores de cada um dos projetos financiados, o presidente do IPL pediu que “envolvam docentes mais novos e, sempre que possível, os nossos alunos, de modo a cimentarmos os hábitos de procura de conhecimento novo”.
Elmano Margato aproveitou a ocasião e a temática para falar da limitação dada ao ensino superior politécnico de não poder incluir os doutoramentos na oferta formativa, facto que “condiciona o crescimento ascendente” do Politécnico de Lisboa. O projeto-lei aprovado a 24 de junho, na Assembleia da República, que prevê a outorga de doutoramentos no ensino politécnico, leva o presidente do IPL a ter “esperança de que o poder legislativo compreenda a justeza desta reivindicação, criando condições de equidade e, também, de exigência, universais e transversais aos dois subsistemas de ensino superior – Universitário e Politécnico".
"Esta instituição tem Escolas extraordinárias da maior diversidade e que o futuro vai passar por trabalhar mais em conjunto"
Ana Maria Bettencourt, presidente do Conselho Geral do IPL, esteve presente na cerimónia de assinatura dos termos de aceitação dos projetos IDI&CA, convidada a intervir, aproveitou para reforçar que o facto do IPL ter projetos como os selecionados, demonstra que o IPL tem capacidade para ministrar doutoramentos “e os projetos selecionados provam-no”. Para Ana Bettencourt, os últimos anos mostraram como a Ciência tem grandes desafios, tais como a curiosidade para responder a problemas, mas alerta para a necessidade da sociedade que financia a investigação perceba melhor o que está a ser feito. “Há um grande desafio ao nível da comunicação de ciência”.
“(...) Estamos num lugar cimeiro, a nível nacional, no que diz respeito aos projetos que são desenvolvidos em colaboração interinstitucional”
José Cavaleiro Rodrigues, pró-presidente para a Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Empreendedorismo centrou a intervenção na evolução do concurso IDI&CA, em curso desde 2016, cujos objetivos foram evoluindo. O que começou por incidir no desenvolvimento do potencial de investigação em todas as áreas e aumento do número de publicações foi, entretanto, alargado a estímulos dirigidos para o desenvolvimento de relações colaborativas e parcerias com outras instituições de ensino superior e de investigação, e integração dos estudantes, nomeadamente dos mestrados. “Se compararmos as 3 últimas edições com as 3 primeiras, temos um crescimento exponencial das publicações nas várias formas, número de artigos, livros e capítulos de livros indexados”, frisou.
O pró-presidente, usando como fonte o ranking internacional Multirank referiu que “estamos num lugar cimeiro, a nível nacional, no que diz respeito aos projetos que são desenvolvidos em colaboração interinstitucional”. Para o futuro, José Cavaleiro Rodrigues fala da necessidade de “orientar os esforços noutras direções” referindo-se a estruturas de investigação.
Texto de: CSS/GCI IPL
Imagens de: DS/GCI IPL