Tendo como inspiração os princípios da cerimónia tradicional de chá japonesa (WA - KEI - SEI - JAKU), SADO propõe o encontro com as estações da vida através da contemplação da natureza. Uma deambulação entre espírito e matéria, que nos convida a um estado de quietude e simplicidade. Esta é a celebração do belo como transitório, imperfeito, impermanente e incompleto, numa lembrança de que somos mais do que meramente sensíveis.
“Hoje,
Ofereço-te um Inverno de lágrimas;
Sou a geada que derrete no teu corpo ao amanhecer.
Hoje,
Prometo-te a sorte dos trevos que plantámos;
Sou o sol que queima as rugas do teu gesto.
Hoje,
Choro-te com as folhas que caem das árvores;
Sou o vento que te leva a dançar.
Caio em outono,
Soprada pelo vento,
Feliz por morrer.”
Mariana Sevila