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Purificação Morais

Purificação Morais é a trabalhadora, em funções, mais antiga dos Serviços da Presidência do IPL, onde começou a trabalhar a 7 de fevereiro de 1986, por cedência da Escola Superior de Música de Lisboa, onde iniciou um mês antes. Dessa altura, recorda ter sido muito bem acolhida pela equipa de cinco pessoas, incluindo o presidente de então, António Almeida e Costa. Acabou por ficar, e 36 anos depois continua a trabalhar com a vontade e dedicação de sempre.

Em 1986, os chamados Serviços Centrais do IPL funcionavam no n.º 2 do Campo dos Mártires, em Lisboa, e o reduzido número de trabalhadores da instituição, fez com que todos tivessem responsabilidades diversificadas, desde o expediente, aos recursos humanos e à contabilidade, onde acabou por ficar com a chegada de novas colegas (Fernanda Lima e Ana Cartaxo e depois Nair Romana) e da primeira administradora da instituição, Maria Emília Salles Caldeira. Recorda Fátima Barreira, na altura, a chefe dos serviços administrativos, “que me transmitiu conhecimentos e, sempre que era necessário, ia criando condições para que os pudesse adquirir no exterior”.

Atualmente, dirigente do Departamento de Gestão Financeira do IPL, lembra que os recursos que existem hoje, não são os à época. Recorda que não havia computadores e todo o trabalho era feito, manualmente, e em máquinas de escrever. “o plafond do Orçamento de Estado tinha atualizações constantes, de manhã, à tarde, no dia seguinte, e estas informações, chegavam por telegrama”, lembra a trabalhadora do IPL.

 

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Purificação Morais
Purificação Morais, em 1989, nos Serviços Centrais do IPL, no Campo Mártires da Pátria

 

No seu percurso, há um conselho que a acompanha desde que, no primeiro período de férias ficou sozinha na Contabilidade, e quase sozinha no IPL: “nunca digas que não sabes, que não é contigo, que a pessoa que trata desse assunto não está, pelo contrário, inteira-te do assunto, fica com o contacto para depois responder e se for necessário telefona-me.”

O ambiente familiar, bom relacionamento pessoal e profissional entre todos os trabalhadores e dirigentes, quer ao nível pessoal quer ao nível profissional, deu lugar a uma instituição que cresceu muito, quer quanto às Escolas que a integram, quer quanto ao número de trabalhadores. Para a profissional dos Serviços da Presidência, esta realidade contribui para a desumanização da instituição, “como é comum numa grande instituição, é o reflexo da sociedade em que vivemos”. 

Quando terminar a carreira profissional, São gostava de fazer coisas diferentes do que faz agora. “Sempre tive o sonho de trabalhar com flores e fazer voluntariado, agora dentro dos meus condicionalismos, mas poder ajudar o outro, seja de que maneira for, é muito gratificante”.

Mas sobre a aposentação, ainda que já tenha pensado, apenas refere que gosta de trabalhar, “gosto do que faço, gosto do IPL, que ao longo destes 36 anos de serviço tem sido como que o prolongamento da minha casa. É muito cedo para fazer balanços e o que tiver que ser, será”.

Há, porém, uma certeza que São assegura ter sobre estes 36 anos, “vesti a camisola, no primeiro dia que aqui cheguei, e jamais a despirei, esteja eu onde estiver, faça o que fizer, sempre que o nome IPL soar os meus olhos vão brilhar”.
 

Texto de CSS/GCI IPL
Imagem de DS/GCI IPL